quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Esporte com outros olhos

À primeira vista parece um esporte monótono, sem graça. Ninguém corre pela quadra, apenas os extremos são usados pelos jogadores. Mas ele não foi feito para os que podem ver, foi feito para os que podem enxergar além do material, para esses, o Goalball reserva muitas emoções.



Enquanto a maioria das pessoas pode apreciar o jogo com os “giros” para lançar a bola, os gols e as defesas inacreditáveis, os jogadores apreciam de forma diferente, porque ao contrário dos espectadores, eles não podem enxergar.
Não é porque usam vendas que não podem ver o jogo, e sim porque são deficientes visuais. Eles são atletas do único esporte criado exclusivamente para cegos, o Goalball não é adaptação de nenhum outro jogo, como a maioria dos esportes paraolímpicos.
Em Santos, o Lar das Moças Cegas tem três times, dois masculinos e um feminino. No campeonato paulista o time masculino ficou com a terceira colocação e o feminino com a quinta. Apesar do bom resultado, o time não tem o reconhecimento merecido, como a maioria dos esportes praticados por deficientes.
O maior problema não é a falta de divulgação ou de apoio. Os times de Santos conseguiram patrocínio do Santos Futebol Clube e da Gatorade. A grande dificuldade é que, por mais que não se queira admitir, ainda há muito preconceito em relação aos portadores de deficiência.
Mais do que um esporte emocionante, o Goalball é uma prática esportiva que envolve dedicação e superação. Basta saber e querer enxergar este milagre. Felizes aqueles que “não precisam ver para crer”.

















O time

Equipe Masculina
Ademar Akira
Elton Santana Barreto
Emerson José Barbosa
Gilmar Ribeiro Dos Santos
Henrique Rodrigues Dos Santos
João Batista Guimarães
Júlio César Matias De Jesus
Marcelo Luiz Vasques Torres
Salim Adeira Júnior
Ugo Rocha Ventura

Equipe Feminina
Ainez Lima Conceição
Aparecida Pereira Brito
Ivone Santana Da Silva
Lindalva Gomes Lima
Luciene Gomes Lima
Milena Ribeiro Simões

Técnico
Danilo Rong




Breve História

O jogo foi inventado em 1946 pelo austríaco Hanz Lorenzen e pelo alemão Sett Reindle, ambos professores. Eles desenvolveram o goalball como uma atividade para ajudar na reabilitação de soldados veteranos que ficaram com deficiência visual durante a Segunda Guerra Mundial. Teve a primeira aparição em jogos Paraolímpicos nos de Toronto, em 1976, mas entrou para o programa de competição apenas nos jogos seguintes, os de Arnhem, em 1980, na Holanda. Atualmente todos os continentes do mundo praticam o goalball. O primeiro Campeonato Mundial de Goalball foi na Áustria, em 1978. No Brasil o primeiro campeonato nacional aconteceu e 1987, em São Paulo.

O Jogo

O objetivo de cada equipe é fazer com que a bola ultrapasse a linha de gol da equipe adversária, que tenta impedi-lo. Ganha a partida a equipe que obtiver o maior número de gols.
Cada partida tem a duração de dois tempos de sete minutos, com intervalo de três minutos. O cronômetro pára sempre que o jogo é parado (faltas, pênaltis, durante os tempos debitados, durante os atendimentos aos atletas contundidos, e também sempre que a arbitragem determinar).
A equipe de arbritagem, em jogos oficiais, é composta por 2 árbitros centrais, 4 juízes de gol, 1 cronometrista de oito segundos e 1 anotador de lançamentos.
Todos os atletas utilizam óculos opacos ou vendas e tampões nos olhos. Esse material é inspecionado pela arbitragem antes do início da partida, não sendo permitida a utilização de óculos ou lentes de contato.
Cada equipe pode utilizar 3 tempos de 45 segundos para instruções durante o tempo total da partida. Esses tempos podem ser solicitados pelo técnico ou por qualquer um dos jogadores titulares na quadra. Uma vez concedido o tempo ambas as equipes podem utilizá-lo.
Os comandos dados pelo técnico e pela arbitragem são dados em inglês.

Violações

As violações são transgressões de determinadas regras por um atleta ou uma equipe, punidas com a perda da bola, que passa para a equipe adversária.

Faltas

Existem dois tipos de faltas: as pessoais e as de equipe. Nos dois casos, somente um jogador da equipe infratora permanece em quadra para tentar defender um tiro de pênalti, que pode ser feito por qualquer um dos três jogadoores da equipe beneficiada. É imposto um tiro para cada falta pessoal ou de equipe.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Goalball

O tema do nosso grupo é preconceito, e na matéria multimídia vamos falar dos deficientes visuais, que sofrem preconceito, mas muitas vezes conseguem dar a volta por cima. Uma das maneiras de se dar a volta por cima é através dos esportes.
Por isso vamos falar sobre o goalball. O goaball, diferente da maioria dos esportes praticados por deficientes, foi criado exclusivamente para os cegos.
Foi criado em 1946, mas chegou ao Brasil em 1986. O time brasileiro feminino de goalball chegou a ficar em segundo lugar no campeonato mundial, realizado no Canadá, em 2003.
Em Santos há um time de goalball no Lar das Moças Cegas. A matéria seria feita com o time da cidade. Fotos da equipe, uma animação explicando como se joga o goalball, vídeo com partes do jogo e entrevista com o técnico e com os jogadores.


Não colocamos maiores explicações do jogo aqui, para não estragar a matéria.

É basicamente isso.

Que venha o goalball!!

domingo, 3 de junho de 2007

Agora é para VER e OUVIR!!!!

Até agora nós escrevemos e escrevemos e ninguém comentou....
Mas agora alguém vai ter que falar alguma coisa!! hahahahaha

Veja primeiro o nosso vídeo:



Escute a nossa conversa!



E volte sempre!

Beijos e até a próxima!!
Camila, Dennys, Felipe e Maria.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Preconceito nacional


Este lindo bichinho que vemos é o luwak, e ao lado as fezes dele, mas ele só entra na história mais tarde...


Incrível a capacidade do brasileiro de menosprezar o próprio país, principalmente aqueles mais endinheirados, que acham que tudo que vem de fora é melhor.
Sabe aquela história de "O sonho americano"? Algo como: Todos os brasileiros querem ir para a América, é perda de tempo, afinal a grande maioria dos brasileiros vai para lá para ser babá, faxineira, pedreiro. Não estou menosprezando essas profissões, mas sair da sua casa, de perto dos seus amigos para trabalhar no que os americanos, que se acham tão superiores, não aceitam fazer.
Pior ainda é que corre grandes riscos de essa pessoa trabalhar feito uma condenada e na hora de ir às compras lá nos EUA, comprar um sapato ou uma bolsa com a frase "Made in Brazil", ou seja, ela saiu daqui para trabalhar lá e comprar coisas feitas aqui.
Já os ricos não precisam ir para lá trabalhar, a mínima porcentagem de ricos que existe aqui no Brasil ganham o dinheiro aqui, mas o gastam com produtos importados, sapato, comida, roupas, aparelhos eletrônicos, carros, tudo importado. O que é nacional não os interessa.
Nosso país tem coisas ruins sim, mas também tem inúmeras coisas boas, e talvez se povo brasileiro em geral tivesse um pouco mais de respeito e um pouco mais de patriotismo, poderia ajudar o Brasil a crescer, ou pelo menos ser um pouco melhor.
O café é um produto típico brasileiro, o Brasil é o maior exportador de café do mundo, mas o café mais caro não está aqui, aliás, um copo do café mais caro que existe pode custar até o equivalente a R$100,00. Cem reais por um copo de café!!!!!
Este cafezinho "barato" vem da Indonésia e é diferente porque seus grãos não são retirados da lavoura, são retirados das fezes de um lindo bichinho chamado luwak, sim você leu certo, são retirados das FEZES!!!!!

Então não venha com essa de não gostar dos produtos daqui, porque você pode estar pagando caro para tomar "fezes tratadas" de outra parte do mundo, particularmente eu prefiro café baratinho daqui mesmo retirado das lavouras....

Pensem nisso....


Beijos a todos, Camila.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Acabará algum dia?

União mundial. Essa idéia parece ser excelente e, afinal, não é isso que todos querem? Mas parece que o preconceito não deixa isso acontecer. Diariamente, vemos famílias, comunidades e nações dilaceradas. Vemos atos desumanos cometidos simplesmente porque algumas pessoas são “diferentes”.
Se você nunca sentiu na pele o que é o preconceito, talvez não compreenda como isso pode ser traumático. Alguns convivem em silêncio, outros revidam o preconceito com mais preconceito. Seja como for, a verdade é que esse comportamento causa muita divisão entre as pessoas. Pior ainda, o preconceito pode instigar as pessoas a angustiantes atos de violência.
Embora a maioria das pessoas condene o preconceito em princípio, poucos conseguem escapar de sua influência. De fato, muitas pessoas cujo preconceito está profundamente arraigado insistem em afirmar que não são preconceituosas. A verdade é que o preconceito é o filho da ignorância e o ódio quase sempre é seu neto.
Percebe-se que as causas do preconceito são numerosas. Porém, se o preconceito é um comportamento aprendido, não é razoável supor que ele possa ser desaprendido? Há algo que se possa fazer, para combater os mal-entendidos, a ignorância e o medo que geram o preconceito? Sim. O preconceito quase sempre pode ser vencido quando as pessoas conhecem umas as outras e aceitam as diferenças.

Beijos, Maria.

domingo, 6 de maio de 2007

Acha graça de nossa DESgraça ?

O preconceito, como o próprio nome diz, é um conceito já estipulado por uma sociedade, e o que mais me preocupa é o fato de que este conceito é tão bem ‘elaborado’ que as pessoas por mais que saibam que é errado, não conseguem tirar da cabeça. Sou exemplo disso em relação aos homossexuais: posso até tentar entende-los, mas não consigo. Às vezes chego ao ponto de ter raiva deles.


Quando pensava em uma conversa que tive com uns amigos há algum tempo no bar onde trabalho, fiquei pensando em como um assunto tão rico – raças, etnias, costumes, opções, enfim, Brasil! -, possa ter resultado em uma conversa tão pobre e infeliz.


Lembrei-me da música “Racismo é Burrice”, do Gabriel O Pensador (http://www.youtube.com/watch?v=MDaB8muAANc), pois esta música traduz um pouco dos sentimentos de todos os brasileiros. Eu uso as palavras dele quando apelo: “...O Preconceito é uma coisa sem sentido, tire a burrice do peito e me dê ouvidos...”


Vamos acabar com esse lixo cultural. Vamos acabar com essa manifestação mesquinha. E me utilizo mais uma vez da música do Gabriel para apelar contra aqueles que adoram piadas preconceituosas, ou de humor negro: “ ...O que as crianças aprendem brincando, é nada mais, nada menos, do que a estupidez se propagando..”


Pense nisso. Não de risada da nossa Desgraça.

Felipe Santos

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Eu sou; Ele é; Nós somos preconceituosos

O preconceito é um tema super ‘batido’ no nosso cotidiano, sempre ouvimos alguém comentar sobre, mas mesmo assim ele continua impregnado na gente. Todos somos preconceituosos, querendo ou não.
O brasileiro é um povo extremamente preconceituoso, mesmo não assumindo ou até não o enxergando. Ninguém gosta quando algum brasileiro é tratado mal ou descriminado no exterior, mas fazemos isto quase todo dia aqui. Quantas vezes vemos alguém menosprezar ou subestimar uma pessoa, só porque ela é nordestina, homossexual ou negra? Este é um ato preconceituoso nítido, a pessoa faz com total consciência, mas os piores são aqueles atos que estão no nosso inconsciente, ocorrem sem intenção, porque estão impregnados em nossa cultura. Algumas frases comuns em nosso cotidiano são extremamente racistas, como por exemplo: ‘que negrice você fez’, ‘como você está baiano hoje’, ‘que coisa de pobre’, ‘seu corintiano’, são frases bem comuns em nosso dia a dia, porém são extremamente ofensivas contra determinadas subculturas. Contudo o pior destes atos racistas é o fato deles serem proferidos sem o objetivo de ofender alguém, eles são proferidos simplesmente por serem um comentário, mas este fato não minimiza o preconceitoque há no discurso interno.
Falta a população pensar antes de falar, por que só negro que faz besteira? Só baiano que se veste mal? Existem atitudes de pobre? Qual a diferença de um corintiano para um flamenguista? Todas as respostas são negativas, mas mesmo assim continuam falando.
Este caso citado acima mostra com apenas um argumento, o preconceito instalado dentro de todos nós brasileiros. O racismo não está só em atitudes como estas, ele também ocorre indiretamente quando vemos alguém com uma aparência, que em nossa opinião, não seja boa e mudamos de calçada porque ficamos receosos de sermos assaltados, ou então, quando vamos para um bairro mais pobre e evitamos de levar objetos de valor. Pobre é sinônimo de ladrão? Curioso que até hoje os grandes ‘roubos’ foram feitos por pessoas muito bem vestidas, ricas e acima de qualquer suspeita, como os bandidos de colarinho branco.
O preconceito está tão embutido em nossos discursos diários que mesmo eu escrevendo um texto contra o preconceito, acabei sendo preconceituoso, no parágrafo acima, sem perceber. Por acaso uma pessoa mal vestida é sinônimo de ladrão?

Abraços,

DM